25 de mai. de 2012

Johann Friedrich Herbart e a Pedagogia científica

Clipart ETC
Vida
Johan Friedrich Herbart nasceu em 1776, em Oldemburgo, na Alemanha.
Filho de um Conselheiro da Justiça e do Governo, desde cedo se interessou por Filosofia, formando-se na Universidade de Iena.
Já formado, trabalha por quatro anos como professor particular na Suíça, período em que toma contato com as ideias de Pestalozzi. Embora as reflexões de Pestallozi lhe causassem interesse, as bases de suas teorias já estavam formuladas muito antes desse contato.
Em 1802 tornou-se professor Universidade de Göttingen, fase em que escreve suas principais obras sobre Educação.
Em 1809 assumiu a cátedra de Filosofia na Universidade de Königsberg, sucedendo Immanuel Kant. Permanece até 1833, quando resolve reassumir seu posto na Universidade de Göttingen.
Morreu em 1841, aos sessenta e seis anos de idade, na cidade de Göttingen.

Influências 
Suas ideias influenciaram diversos pensadores durante toda a metade do século XIX, até que no início do século XX surge um movimento contra a sua filosofia, são as ideias da escola nova, baseadas na pedagogia idealista.
Através de Herbart a pedagogia foi reconhecida como ciência, organizada e sistematizada com fins claros e meios definidos.
“A estrutura teórica construída por Herbart se baseia numa filosofia do funcionamento da mente, o que a torna duplamente pioneira: não só por seu caráter científico, mas também por adotar a psicologia aplicada como eixo central da educação. Desde então, e até os dias de hoje, o pensamento pedagógico se vincula fortemente às teorias de aprendizagem e à psicologia do desenvolvimento – um exemplo é a obra do suíço Jean Piaget (1896-1980)”, diz Márcio Ferrari, colaborador do portal Educar para Crescer.
Overmundo
Outra contribuição importante para a educação é o princípio de que a pedagogia, para ser realmente científica, precisa estar vinculada as práticas e as experiências. A partir dessa concepção surgem as escolas de aplicação, que conhecemos até hoje.
Para Herbart “o homem necessita da troca para desenvolver-se e formar-se; pois somente fazendo e sentindo surge a independência que, na medida de sua existência, se opõe intimamente como permanente e durável a toda mudança futura”.
Sua obra pedagógica teve uma grande influência em todo o mundo ocidental e no Japão, durante a metade do século XIX. Para ele a mente humana apenas apreende novos conhecimentos pelo ensino receptivo, o que resultou em escolas que hoje qualificamos de tradicionais.
Herbart previa cinco etapas para o ato de ensinar: preparação, apresentação ou demonstração do conteúdo, associação, generalização e aplicação.
Herbart acreditava apenas nas aulas expositivas, na qual os alunos apenas “recebiam” os conteúdos, ignorando assim a capacidade de participação e reflexão dos mesmos.
Mas apesar disso, não se pode negar a importância que esse pensador alemão teve na história da educação.


Livia Santos e Paloma Silva

Referência Bibliográfica:

BEDIN, Brigitte. Pressupostos Filosóficos da Relação Ensino-aprendizagem tradicionalmente e na atualidade. Disponível em: <http://www3.fe.usp.br/secoes/comissoes/cpesq/public1/cont/bb.swf>. Acesso em: 6/5/12
FERRARI, Márcio. Johann Friedrich Herbart. Educar para Crescer. 2011. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/jf-herbart-307401.shtml>. Acesso em: 8/4/12

24 de mai. de 2012

Johann Heinrich Pestalozzi: educação do amor

Zürich
Vida

Johann Heinrich Pestalozzi nasceu em Zurique, Suíça, em 1746 e faleceu em Brugg, Suíça, no ano de 1827.
Em meio à nova Europa Capitalista do século XVIII e influenciado pelo filósofo Rousseau, Pestalozzi idealizou a possibilidade de libertar o povo através da educação.
Seu primeiro passo foi largar os estudos religiosos e se dedicar à vida pública, tornando-se um idealista da educação.
Em 1769 casa-se com Anna Schulthess, mulher de ideias humanistas como ele. Juntos, em 1774, funda a Fazenda Neuhof, um instituto para crianças carentes que tinha como proposta unir a educação e o trabalho. Essas crianças aprendiam um ofício com base nas ideias naturalistas vigentes na época e nas horas vagas eram instruídas.
Mas devido ao pouco tino administrativo do pedagogo suíço, a fazenda obtém muitas dívidas e fecha suas portas em 1780.
Então Pestalozzi resolve explorar suas ideias através de livros, o mais famoso foi Leonardo e Gertrudes (1781) que futuramente seria desdobrado em quatro volumes. Uma novela que popularizaria a ideia da reforma educacional, através da descrição da vida simples do campo e da dedicação de uma singela mulher.

Orfanato em Stans

Encyclopaedia Britannica Kids
Os anos se passam e o pedagogo ainda permanece inquieto, pois deseja continuar sua missão de educar as crianças.
É então que em 1798, devido à guerra napoleônica, surge à oportunidade de Pestalozzi dirigir um instituto para crianças órfãs, vítimas da guerra, na cidade de Stans.
O orfanato é subsidiado pelo governo suíço e o humanista vira mestre-escola. Começa então a desenvolver com as crianças as novas práticas educativas que tanto relatou em suas obras. Além de professor, torna-se “pai” dessas crianças, aplicando a pedagogia do amor que fortalece o caráter.
Por questões políticas, seu trabalho no instituto é interrompido após seis meses, e ele rompe com o governo lançando a Carta de Stans, na qual explica sua filosofia e metodologia.

"Minha convicção e meu objetivo eram um só.
Na verdade, eu pretendia provar, com minha experiência, que as vantagens da educação familiar devem ser reproduzidas pela educação pública e que a segunda só tem valor para a humanidade se imitar a primeira.
Aos meus olhos, ensino escolar que não abranja todo o Espírito, como exige a educação do homem, e que não seja construído sobre a totalidade viva das relações familiares conduz apenas a um método artificial de encolhimento de nossa espécie.
(...)
O homem quer o Bem com tanto gosto, a criança tem tanto prazer em abrir os ouvidos para o Bem! Mas ela não o quer por ti, professor, ela não o quer por ti, educador, ela o quer por si mesma. O Bem, para o qual deves conduzi-la, não deve ter nenhuma relação com os teus caprichos e com as tuas paixões. É preciso que a natureza da coisa seja boa em si e pareça boa aos olhos da criança. Ela precisa sentir a necessidade da tua vontade, conforme sua situação e suas carências, antes que ela queira a mesma coisa.
(...)
Mas toda essa vontade não é produzida por palavras, e sim pelos cuidados que cercam a criança e pelos sentimentos e forças gerados por esses cuidados. As palavras não produzem a coisa em si, mas apenas o seu significado, a sua consciência."


(Trecho da "Carta de Stans", descrição do trabalho realizado no orfanato em 1799)

Instituto de Iverdon

Nova História
Pestalozzi continua a se dedicar a educação e tem mais duas experiências, nas escolas de Burgdorf e Iverdon. Nesta última, o seu nome foi projetado para outros países, o que lhe rendeu inúmeras homenagens.
O Instituto de Iverdon foi considerado uma escola-modelo em toda a Europa, sob á direção de Pestalozzi por um período de vinte anos.
“O funcionamento do Instituto de Iverdon era revolucionário para os padrões da época: portões sempre abertos, liberdade para os alunos, dez horas de aula por dia, salas de trabalho, trabalhos manuais, aulas de ginástica e natação ao ar livre, pesquisas de botânica e biologia junto à natureza, utilização da música e dos alunos mais adiantados como sub-mestres. Todos os domingos, numa assembleia geral, era feita uma avaliação dos trabalhos desenvolvidos na semana”, dizem Marcus de Mário e Ronaldo Gomes, do Instituto Brasileiro de Educação Moral (IBEM).
Esses ideais eram uma antecipação das concepções do movimento da Escola Nova que surgiria na virada do século XIX para o XX.
A diversidade de seres humanos que habitavam o instituto era muito rica. As crianças e os jovens aprendiam na convivência escolar os ideais da Revolução Francesa: liberdade, fraternidade e igualdade.
Pestalozzi ensinava aos seus quase 150 alunos que “o amor é o eterno fundamento da educação”.

Processo Educativo
Doraincontri
Para Pestalozzi “o processo educativo deveria englobar três dimensões humanas, identificadas com a cabeça, a mão e o coração. O objetivo final do aprendizado deveria ser uma formação também tripla: intelectual, física e moral. E o método de estudo deveria reduzir-se a seus três elementos mais simples: som, forma e número. Só depois da percepção viria a linguagem. Com os instrumentos adquiridos desse modo, o estudante teria condições de encontrar em si mesmo liberdade e autonomia moral”, diz Márcio Ferrari do Educar para Crescer. Para o pedagogo todo esse processo era pautado no amor, principalmente o amor materno, pois só o amor seria capaz de levar o homem a plena realização moral.
Por isso a escola, segundo a sua concepção, deveria ser uma extensão do lar, ou seja, um ambiente seguro e afetuoso. E o professor como um “pai” deveria respeitar os estágios de desenvolvimento pelos quais as crianças passam, observando suas necessidades e evoluções.

Paloma Silva e Patrícia Pereira
Referência Bibliográfica:

FERRARI, Márcio. Joahann Heinrich Pestalozzi. Educar para Crescer. 2011. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/pestalozzi-307416.shtml>. Acesso em: 2/4/12
IBEM, Instituto Brasileiro de Educação Moral. Pestalozzi. Disponível em: <http://www.educacaomoral.org.br/pesta_lozzi.htm>. Acesso em: 2/4/12

23 de mai. de 2012

Jean Jacques Rousseau: um breve panorama

O Universo numa Casca de Noz
Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra, na Suíça, em 1712, e faleceu em 1778, em Ermenonville, França.
Músico, escritor e principalmente filósofo iluminista do século XVII, foi pai de 5 filhos, todos enviados à um orfanato. Suas principais obras são: Émile e Du contrat social.
“O princípio fundamental de toda a obra de Rousseau, pelo qual ela é definida até os dias atuais, é que o homem é bom por natureza, mas está submetido à influência corruptora da sociedade. Um dos sintomas das falhas da civilização em atingir o bem comum, segundo o pensador, é a desigualdade, que pode ser de dois tipos: a que se deve às características individuais de cada ser humano e aquela causada por circunstâncias sociais”, diz Márcio Ferrari, colaborador da Revista Nova Escola.
Para o filósofo o primeiro tipo de desigualdade é algo natural, já o segundo deve ser combatido.
A desigualdade causada pelas relações sociais é nociva e gradativamente foi suprimindo a liberdade do sujeito, o que restou foram regras de polidez e uma valorização das aparências.
O homem ao se privar dessa liberdade, de acordo com o filósofo, abre mão da própria qualidade que o define como humano. E para recuperar essa liberdade o homem precisa se autoconhecer, através da emoção, em uma verdadeira entrega sensorial à natureza.
A partir dessa linha de pensamento surge o mito do Bom Selvagem (o ser humano em seu estado natural, sem pudores sociais), o que seria uma idealização sobre o homem.
O objetivo de Rousseau não era desmerecer a sociedade e sim reconduzir a espécie humana à igualdade, por conseguinte à felicidade.
Um de seus grandes legados foi a sua nova concepção de educação, à qual afirmava que a infância possuía várias fases de desenvolvimento, sobretudo cognitivo. São elas: lactância (até 2 anos), infância (de 2 a 12), adolescência (de 12 a 15), mocidade (de 15 a 20) e início da idade adulta (de 20 a 25).
Para ele a criança deveria viver intensamente cada fase de sua infância, e a educação mais do que instruir, deveria se preocupar com a formação moral e política. E o professor tem que “preservar o coração do vício e o espírito do erro”, pois assim o aluno quando adulto saberá se defender sozinho dos perigos que a sociedade desperta, tentando assim ser um “bom selvagem”.


Leandro Alves e Paloma Silva

Referência Bibliográfica:

FERRARI, Márcio. Jean-Jacques Rousseau, o filósofo da liberdade como valor supremo, In: Revista Nova Escola. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/filosofo-liberdade-como-valor-supremo-423134.shtml?page=0>. Acesso em: 10/4/12

22 de mai. de 2012

João Amós Comenius: Pai da Didática

Comodidade da Humanidade
João Amós Comenius nasceu em 1592, na Moravia, região da Europa Central. Faleceu em 1670, em Amsterdã.
Mestre, cientista e escritor, Comenius foi educado por um grupo protestante da igreja dos Irmãos Morávios, que adotava padrões rígidos de educação. Um ensino desprovido de afeto, no qual o professor era o detentor absoluto do saber, ministrando aulas extremamente dogmáticas e utilizando o recurso da palmatória, quando necessário.
São esses elementos que darão base para a elaboração do que Comenius chama de Didática Moderna, presente em sua obra Didáctica Magna.
Comenius é o primeiro educador, no mundo ocidental, a interessar-se pela relação ensino e aprendizagem, distinguindo o ensinar do aprender, pensamento este, revolucionário para sua época, o século XVII.
Ao terminar os estudos secundários vai estudar Teologia na Universidade Calvinista de Herbron, Alemanha. Adquire uma boa formação cultural e se identifica cada vez mais com a religião e torna-se pastor.
Por um período atua no magistério, oportunidade esta, de pôr suas ideias pedagógicas em prática.
Muda-se para Fulnek, local onde casa-se e tem filhos. Após algum tempo essa região vira centro de uma disputa política religiosa e inicia-se a Guerra dos Trinta Anos. Em 1621, o exército espanhol invade a cidade e dizima quase toda a população. Outra tragédia que assola Fulnek é a peste, que mata a esposa e os dois filhos de Comenius.
Em 1628, muda-se para a Polônia e retoma suas atividades como pastor e professor.
Começa então a se destacar como educador e em 1627 publica a Didáctica Magna. 
Nesta obra, Comenius expõe sua ideia de que se deve “ensinar tudo a todos” e sistematiza os princípios que permitiriam o homem se colocar no mundo, não apenas como expectador, mas como um ser ativo.
Segundo o portal Conteúdo Escola, Comenius “defendia a tese de que a educação deve começar pelos sentidos, pois as experiências sensoriais obtidas através dos objetos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão. Compreensão, retenção e práticas consistiam a base de seu método didático e, por meio desses elementos, chegar-se-ia às três qualidades: erudição, virtude e religião, correspondendo às três faculdades que é preciso ter: intelecto, vontade e memória.”
Nit
Seu método segue os seguintes critérios:
· Tudo o que se precisa saber deve ser ensinado;
· Tudo o que for ensinado deve ser articulado com seu uso prático;
· É preciso ensinar de uma maneira direta e clara;
· Ensinar a verdadeira natureza das coisas;
· Iniciar os estudos pelos princípios gerais;
· Respeitar o tempo do aluno, ensinando os conteúdos em seu devido momento.
Em 1648, já doente, abandona a Polônia e estabelece-se em Amsterdã, onde casa-se novamente.
Morre na Holanda, reconhecido como “o pai da Didática”, lutando até seu último instante pela fraternidade entre os povos e as igrejas.

Jailson Araújo e Paloma Silva


Referência Bibliográfica:

Conteúdo Escola: o portal do educador. Jan Comenius (Jan Amós Komensky). 2011. Disponível em: <http://www.conteudoescola.com.br/nossos-mestres/85-jan-comenius-jan-amos-komensky>. Acesso em: 28/3/12

21 de mai. de 2012

Grandes pensadores: linha do tempo

Por trás do trabalho de cada professor, em qualquer lugar do mundo, estão séculos de reflexões e concepções sobre educação.
Antes mesmo de existirem escolas, a educação já era pauta de discussão entre diversos pensadores.
Hoje, começa uma série de artigos sobre quatro personalidades que mudaram o jeito de pensar e fazer educação.
Abaixo está uma breve linha do tempo sobre esses quatro educadores que modificaram a história da educação:

Info Escola



João Amós Comenius
 
Século XVII
 
"Pai da Didática"

Principal obra: Didática Magna

"As escolas, fazendo que os homens se tornem verdadeiramente humanos, são sem dúvida as oficinas da humanidade".





Coluna Filosófica


Jean Jacques Rousseau

Século XVIII

Mito do Bom Selvagem

Concepção de Infância

Principais obras: Émile e Du Contrat Social

"A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender, já se instrui".




ReConstruir




Johann Heinrich Pestalozzi

Século XVIII

Escola: extensão do lar 

Principal obra: Leonardo e Gertrudes

"O amor é o eterno fundamento da Educação"









Johann Friedrich Herbart

Século XIV

Criador de uma Pedagogia Científica

Principal obra: Pedagogia Geral deduzida do fim da Educação

"A pedagogia mostra os fins da educação; a psicologia, o caminho, os meios e os obstáculos".





Paloma Silva

20 de mai. de 2012

Dia do Pedagogo

Inter. AÇÃO
Após o Projeto de Lei nº 7264/2010, do Deputado Eduardo Gomes, foi instituido que o dia 20 de Maio seria o Dia Nacional do Pedagogo.
A palavra Pedagogia é de origem grega e por essência significa "condução da criança", do paidòs = criança + gogein = levar, conduzir, guiar, orientar.
Atualmente a pedagogia segundo Vygotsky (2003) "é a ciência que se ocupa da educação da criança".
O pedagogo, na Grécia antiga, era o sujeito que conduzia a criança ao mestre, à escola.
Com o passar dos anos, o pedagogo  passou a ser a pessoa que conduz a criança ao conhecimento, que educa e media a aprendizagem.
Por isso, hoje estamos aqui para parabenizar todos aqueles que conduzem nossas crianças ao caminho tão admirável da Educação!


Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina



Paloma Silva


Referência Bibliográfica:

DIDONET, Vital. A desinvenção da Infância. Pátio: Educação Infantil, ano VII, nº 21, p. 30-33, nov/dez 2009.

Mas afinal, o que é Didática?

Está cada vez mais comum ouvirmos a seguinte constatação: “Aquele professor não tem didática!”.
Mas afinal, o que é didática? Será que todos os docentes de fato conhecem seu real significado?
Na forma adjetiva, a didática é conhecida desde a Grécia Antiga, com significado semelhante ao atual, ou seja, o termo estava ligado a ensino e aprendizagem.
A Didática como disciplina surgiu no século XVII através da ação do educador Comênio. Sua obra Didática Magna busca sistematizar a didática, definindo-a como a “arte de ensinar tudo a todos”.
Sua compilação, inspirada nos ideais da Reforma Protestante, foi um protesto contra o modelo de ensino da Igreja Católica Medieval. Era uma tentativa de estruturar o ensino através do conhecimento, atitude e sentimento.
Atualmente, segundo Baradel (2007) a Didática “é o estudo do processo de ensino e aprendizagem que compreendem formas de organização do ensino, uso e aplicação de técnicas e recursos pedagógicos, controle e a avaliação da aprendizagem, postura do professor e principalmente objetivos políticos-pedagógicos e críticos sobre o ensino”, em outras palavras, a didática é a ponte entre “o que” se quer ensinar e “o como” se deve ensinar.
E por que será que muitos alunos dizem que alguns professores não possuem didática?
O que acontece é que alguns docentes focalizam suas aulas em apenas uma vertente da didática, separando muitas vezes o ensino da aprendizagem. Mas ensinar e aprender são dimensões indissociáveis, um depende do outro para existir.
Logo, os docentes não podem proferir aquelas míticas frases: “Eu ensinei a minha classe, mas eles não aprendem!” ou “Os meus alunos não aprendem porque não querem!”.
Sendo assim, cabe aos professores se auto avaliarem e repensarem qual é o verdadeiro sentido de se “ter didática”. 


Mari Jane Silva e Paloma Silva


Referência Bibliográfica

BARADEL, Carina de Barros. Didática: contribuições teóricas e concepções de professores. Bauru: 2007. Disponível em: <http://www.fc.unesp.br/upload/pedagogia/TCC%20Carina%20Baradel%20-%20Final.pdf>. Acesso em: 2/4/12 

CASTRO, Amélia Domingues de. A Trajetória Histórica da Didática. São Paulo.

15 de mai. de 2012

Equipe Mestre Virtual

Mestre Virtual visa contribuir com a formação e aprimoramento de educadores que buscam enriquecer suas ações pedagógicas e desenvolver pensamentos críticos e reflexivos. 
Mestre Virtual, fez parte do projeto Revista Didática da Faculdade Sumaré no ano de 2012 e era composto por seis colaboradores: Jailson Araújo, Livia Santos, Leandro Alves, Mari Jane Silva, Paloma Silva e Patrícia Pereira
Atualmente a revista conta apenas com a colaboradora Paloma Silva.

Paloma Silva é bacharel e licenciada em Letras pela Universidade de São Paulo e licenciada em Pedagogia pela Faculdade Sumaré.  Atuou como aluna pesquisadora do Programa Ler e Escrever da Prefeitura de São Paulo, foi mediadora de alunos com necessidades especiais no Colégio Friburgo, ministrou no Colégio Johann Gauss e atualmente é docente pela Prefeitura de São Paulo.



8 de mai. de 2012

Dia do Artista Plástico

Todas as criaturas nascem artistas. A dificuldade é continuar artista enquanto se cresce.
Pablo Picasso

Hoje é comemorado o dia do Artista Plástico. A data é uma homenagem a José Ferraz de Almeida Júnior, que nasceu no dia 8 de maio de 1951, em Itu, São Paulo.
Almeida Júnior provavelmete foi o primeiro artista plástico a retratar nas telas o homem do povo, o trabalhador brasileiro em seu cotidiano.

Caipira picando fumo, Almeida Júnior (Créditos: Último Segundo)

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), "o artista plástico é, antes de tudo, um sensível. Uma pessoa que usa o desenho, a pintura ou a escultura para expressar seu deslumbramento diante do mundo." 

 Nu reclinado em rede, Antônio Frilli (Créditos: Redes Vitória)

E como já dizia Picasso, todos temos em nossa essência um "artista", porém a maior dificuldade é deixá-lo transcender a rotina neoliberal, extremamente alienante, que nos prende e nos cega diante do mundo.
Sendo assim, eis aqui um apelo aos educadores, não se tornem homens insensíveis, não abafem a arte das crianças, pois "um grande artista é um grande homem, numa grande criança" (Victor Hugo)!

Happy World, Romero Britto (Créditos: Colégio Estadual Olavo Bilac)


Fontes:  
Portal São Franciso. Acesso em: 8/5/12
Uol Educação. Acesso em: 8/5/12

Paloma Silva

Violência na escola # Duke

Ética # Ivan Cabral

4 de mai. de 2012

Virada Cultural 2012

Mora em São Paulo e está sem ideia do que fazer neste final de semana?
Então não perca a 8ª edição da Virada Cultural! As ruas da cidade, por 24 horas, entre os dias 5 e 6 de maio, serão palco de aproximadamente 900 atrações gratuitas, como filmes, peças teatrais, shows e feira gastronômica. 
Confira os destaques da programação:


Durante todo evento haverá uma homenagem aos 30 anos de morte da cantora Elis Regina, no palco Bulevar São João. Suas músicas serão interpretadas por artistas como Jair Rodrigues, Graça Cunha e Luciana Alves. 

Às 23:30 do sábado o polêmico Rafinha Bastos será destaque no palco Stand-up na (Créditos: Rádio Verdade)

A partir da meia noite o grande chef Alex Atala comanda a feira gastronômica Chefes na Rua que acontecerá no Minhocão. Serão 20 barracas com pratos até R$15,00. (Créditos: IG)


A banda americana de punk rock, Suicidal Tendencies, agitará o palco São João às 9:30 do domingo. 


Ao meio dia do domingo a banda de rock Titãs apresentará o seu disco Cabeça Dinossauro, de 1986, no palco São João. (Créditos: Extra)

Representando a emergência da raiz negra na atual cena musical, Gilberto Gil estará às 18h do domingo no palco Júlio Prestes. (Créditos: Comusicador)


Veja a programação completa aqui.
 Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver. 
Bertolt Brecht


Paloma A. Silva

2 de mai. de 2012

Abordagem Curricular High/Scope

Você conhece a abordagem curricular High/Scope? Não?
Então conheça um pouco sobre ela através do vídeo feito pela Univesp TV em parceria com o programa complementar da disciplina de Educação Infantil: abordagens curriculares, do curso de Pedagogia da UNESP.
O vídeo mostra uma entrevista com a professora Lenira Haddad, que participou de uma formação nos Estados Unidos sobre esta abordagem, surgida no país na década de 70.