25 de mai. de 2012

Johann Friedrich Herbart e a Pedagogia científica

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Vida
Johan Friedrich Herbart nasceu em 1776, em Oldemburgo, na Alemanha.
Filho de um Conselheiro da Justiça e do Governo, desde cedo se interessou por Filosofia, formando-se na Universidade de Iena.
Já formado, trabalha por quatro anos como professor particular na Suíça, período em que toma contato com as ideias de Pestalozzi. Embora as reflexões de Pestallozi lhe causassem interesse, as bases de suas teorias já estavam formuladas muito antes desse contato.
Em 1802 tornou-se professor Universidade de Göttingen, fase em que escreve suas principais obras sobre Educação.
Em 1809 assumiu a cátedra de Filosofia na Universidade de Königsberg, sucedendo Immanuel Kant. Permanece até 1833, quando resolve reassumir seu posto na Universidade de Göttingen.
Morreu em 1841, aos sessenta e seis anos de idade, na cidade de Göttingen.

Influências 
Suas ideias influenciaram diversos pensadores durante toda a metade do século XIX, até que no início do século XX surge um movimento contra a sua filosofia, são as ideias da escola nova, baseadas na pedagogia idealista.
Através de Herbart a pedagogia foi reconhecida como ciência, organizada e sistematizada com fins claros e meios definidos.
“A estrutura teórica construída por Herbart se baseia numa filosofia do funcionamento da mente, o que a torna duplamente pioneira: não só por seu caráter científico, mas também por adotar a psicologia aplicada como eixo central da educação. Desde então, e até os dias de hoje, o pensamento pedagógico se vincula fortemente às teorias de aprendizagem e à psicologia do desenvolvimento – um exemplo é a obra do suíço Jean Piaget (1896-1980)”, diz Márcio Ferrari, colaborador do portal Educar para Crescer.
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Outra contribuição importante para a educação é o princípio de que a pedagogia, para ser realmente científica, precisa estar vinculada as práticas e as experiências. A partir dessa concepção surgem as escolas de aplicação, que conhecemos até hoje.
Para Herbart “o homem necessita da troca para desenvolver-se e formar-se; pois somente fazendo e sentindo surge a independência que, na medida de sua existência, se opõe intimamente como permanente e durável a toda mudança futura”.
Sua obra pedagógica teve uma grande influência em todo o mundo ocidental e no Japão, durante a metade do século XIX. Para ele a mente humana apenas apreende novos conhecimentos pelo ensino receptivo, o que resultou em escolas que hoje qualificamos de tradicionais.
Herbart previa cinco etapas para o ato de ensinar: preparação, apresentação ou demonstração do conteúdo, associação, generalização e aplicação.
Herbart acreditava apenas nas aulas expositivas, na qual os alunos apenas “recebiam” os conteúdos, ignorando assim a capacidade de participação e reflexão dos mesmos.
Mas apesar disso, não se pode negar a importância que esse pensador alemão teve na história da educação.


Livia Santos e Paloma Silva

Referência Bibliográfica:

BEDIN, Brigitte. Pressupostos Filosóficos da Relação Ensino-aprendizagem tradicionalmente e na atualidade. Disponível em: <http://www3.fe.usp.br/secoes/comissoes/cpesq/public1/cont/bb.swf>. Acesso em: 6/5/12
FERRARI, Márcio. Johann Friedrich Herbart. Educar para Crescer. 2011. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/jf-herbart-307401.shtml>. Acesso em: 8/4/12

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